Esta quinta fui ao cinema e o único filme que eu conseguiria ver para depois ir a correr desenfreada para uma reunião era este - "A Duquesa". Confesso que a minha ideia era que iria ver um romance da Golden Era com um final extremamente polémico e muito feliz. Como me enganei! Aliás, ... só não me enganei na parte do polémico. Com cenas muito cruas que impressionam as almas mais sensíveis, este não é um filme dito cor-de-rosa, mas sim muito próximo à realidade cruel da altura. A minha opinião é que retrata muito bem o que as mulheres daquele século passavam, e a este retrato fiel devemos os louros à actriz Keira Knightley e ao maravilhoso Ralph Fiennes. Este foi o primeiro filme que estava a ver a interpretação de Fiennes e consegui detestá-lo (à sua personagem, entenda-se!!). Apesar da sua personagem ser sombria e torturada quer de forma sentimental, quer social, houve um momento neste filme que se consegue simpatiar com tal detestável criatura, e é aqui que se vê a qualidade dos grandes actores como Ralph Fiennes.
Quanto à Keira Knightley, devo confessar que esta foi uma grande actuação dela. Emocionei-me bastante numa cena em que seria perversamente cruel para qualquer mãe. A luta e o desespero de Georgiana (a personagem de Keira) para ser amada torna impossível a qualquer mulher não simpatizar e se emocionar com este filme. Admito que gostei muito, apesar do meu coraçãozito romântico ter saído muito dorido da sala de cinema.

O filme é baseado na biografia da duquesa, escrito por Amanda Foreman. Na realidade a duquesa de Devonshire é uma antepassada da princesa Diana, a qual foi igualmente muito infeliz no casamento que fez. History Repeats Itself? Parece-me que sim!

Sinopse:

Séc. XVIII. Esta é a história da bonita e glamourosa Georgiana Spencer (Keira Knightley), a mulher mais fascinante da sua época. Enquanto a sua beleza e carisma lhe trouxeram êxito, os seus gostos extravagantes e apetite por jogos e amor tornaram-na infame. Georgiana casou jovem com o distante e mais velho Duque de Devonshire (Ralph Fiennes), íntimo de ministros e príncipes, e tornou-se um ícone de moda, uma mãe devota, uma astuta figura política e a mulher mais adorada pelo povo. Mas no centro da sua história está uma busca desesperada por amor.