No começo o Rio Knox, no Maine, Nova Inglaterra, pertencia a Deus, que o havia "alugado" barato aos algonquianos (índios), que levavam a sério a administração da terra até serem extintos pelo rum, pela guerra, pela gonorréia, pelo cristianismo e outras doenças européias. Os novos donos eram brancos, que no início usavam o rio para levar madeira. Depois para energia, para fabricar tecidos e enfim como vaso sanitário, para lançar no mar corantes e resíduos químicos. A história era igual nos rios da Nova Inglaterra, onde curtumes e tecelagens surgiam na terra como ervas daninhas. Empire Falls cresceu ao longo das margens do rio, no meio do caminho entre o Canadá e o Atlântico, e não era melhor nem pior do que as outras. Como as cidades industriais perto do Knox, Empire Falls foi erguida por emigrantes europeus com nomes como Robideaux, Minty e Daws, Comeau, Callahan e Roby. Apesar destas famílias terem erguido a cidade não mandavam em nada, pois a família que dominava o local há mais de um século era os Whiting. Não eram donos da cidade toda, só das partes que valiam a pena: a tecelagem, a fábrica de camisa e a fábrica de papel, que quando deixaram de ser rentáveis foram vendidas para multinacionais, que saquearam o maquinário e converteram os outros bens em dinheiro, deixando só estruturas vazias.
Tempos depois Miles Roby (Ed Harris) sacrificou os seus ideais da juventude para ficar na sua cidade natal com o objetivo de ajudar sua mãe, Grace (Robin Wright Penn), que estava a morrer. Ela queria que ele partisse e continuasse na faculdade, mas ficou e viu que, após 25 anos de trabalho árduo, continua a ser apenas o gerente da Empire Grill, o principal café e restaurante da cidade. O seu casamento com Janine (Helen Hunt) acabou e ela pensa em se casar com Walt Comeau (Dennis Farina). E ainda tem que aguentar com a constante pressão financeira e emocional que a dona da cidade, a matriarca Francine Whiting (Joanne Woodward), exerce sobre Miles, pois é proprietária (entre outras coisa) do Empire Grill. Miles considera que a sua vida desperdiçada e ainda tem de ajudar alguém mais fracassado ainda, Max (Paul Newman), seu pai, que transforma em bebida quase todo o dinheiro que arruma, o que é bem pouco.
Há ainda a filha de Francine, Cindy Whiting (Kate Burton), que foi atropeladada na porta da sua casa - e o motorista nunca foi apanhado - quando tinha apenas 3 anos. Cindy foi submetida a várias cirurgias, que destruíram a sua mente, o seu espírito, além dos seus membros. Acontece que Cindy, que precisa de muletas para se locomover, está apaixonada por Miles. Francine aprova esta união e Max acha que não faz mal nenhum o filho se casar com alguém que tem 10 milhões de dólares. Mas a impedir esta união existe um segredo do passado, uma paixão proibida que teve consequências trágicas. Tudo o que Miles precisa de fazer é remexer nas suas recordações de infância e fazer as ligações entre passado e presente.
Esta série é um autêntico desfile de estrelas. Desde Paul Newman, Ed Harris, Joanne Woodward, Helen Hunt, Robin Wright Penn passando por Philip Seymour Hoffman e muitos mais. Digo-vos que nunca vi o Paul Newman a fazer um papel tão hilariante. O que eu me ri...
Ver esta série foi a mesma coisa que estar a ler um livro. Não há grandes tumultos ou excitações mas o enredo em si é bastante emocionante.
1 Comments:
Vim aqui para te dizer que eu hoje também fiz um post sobre os dois últimos filmes que fui ver.
Espero que gostes da minha visão pessoal.
Quanto à série que aqui falas, não vi...
Ana Cristina
By Unknown, at 26.1.09
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