Educação

Por cada dia que passa fico cada vez mais convencida que algo de muito errado está a acontecer no desenvolvimento das novas gerações. Tenho visto situações entre pais e filhos ou alunos e professores que eu, com 25 anos, fico em estado de choque! Não sei porquê que não me sai da cabeça uma situação a que assisti num hipermercado aqui da zona: uma menina, de cerca 5/6 anos, entretinha-se a berrar com a mãe porque queria que ela lhe comprasse não sei o quê, ao que a mãe fazia ouvidos de marcador. Como estavam na caixa e a atraírem demasiada atenção, o pai teve a brilhante ideia de dar uma palmadinha carinhosa na bochecha da menina e pegar-lhe ao colo. Ao que a menina prontamente respondeu com uma valente estalada na bochecha do pai, iniciando assim uma animada brincadeira entre pai e filha que envolvia o acto de dar chapadas.

Este domingo saiu na revista "notícias magazine" a habitual crónica da Isabel Stilwell, a qual eu concordo a 100%. Disse ela o seguinte : "Não sei quem foi o incauto que se lembrou de dizer que as crianças não pediam para nascer. Deduzia-se que, se tinham vindo a este triste mundo contra vontade, competia a nós, adultos, a obrigação moral de os compensar pela crueldade, a que os sujeitávamos. E desfazemo-nos, todos os dias, em actos e palavras para aliviar aquilo que o nosso egoísmo alegadamente lhes provocou. (...) «Vocês é que se têm de fazer à vida para conseguirem o que querem dela.» É isso que temos de começar por meter na nossa própria cabeça, enquanto pais. Nem lhes devemos nada nem somos credores de nada! Quanto a eles, temos é de tratar de os convencer que o futuro será apenas aquilo que forem capazes de construir. Por conta própria."

Pois é, hoje em dia, na minha opinião, alguns pais preferem ser amigos dos filhos do que uma figura de autoridade e respeito que é ser MÃE ou PAI.